Liderança Emocional

“É preciso muita coragem para ser diferente e muita competência para fazer a diferença”

Liderança Emocional

O conceito de Liderança, bem como o seu estudo, são bastante antigos. Desde o início da Humanidade que a Liderança desempenha um papel fundamental nas sociedades, e temos de recuar aos tempos da Mesopotâmia para sinalizar o seu “nascimento”. Nessa altura era algo que surgia espontaneamente, como resposta à necessidade que os povos tinham em encontrar quem os coordenasse, inspirasse e mobilizasse.

A própria definição de Liderança tem sofrido inúmeras actualizações — Bass até refere que existem tantas definições de Liderança quantas as pessoas que a tentam definir. À medida que se têm vindo a descobrir novas e diversas interligações com outros conceitos e áreas (Psicologia, Filosofia, Ciência e Medicina, por exemplo), tem-se imposto a necessidade de a reconstruir, adaptando-a à realidade actual, incorporando esses novos conceitos, as novas teorizações que a fundamentam e que contribuem para a sua justificação.

Aquilo que este livro nos permite fazer, na sua primeira metade, é percorrer o itinerário histórico e a evolução, algumas das várias evoluções, ocorridas na égide da Liderança. A sua história, os vários tipos de Liderança que comummente são estudados e apresentados sempre que o assunto são estas matérias, as diversas teorias da Liderança e ainda outros conceitos e “skills” com que se relacionada e interliga cada vez mais — com destaque para a Inteligência Emocional, mas passando também pela Empatia ou o “Mindfulness”. Alexandre o Grande, Aristóteles, Maquiavel, Napoleão, Sócrates ou Sun Tzu são figuras cujos exemplos ou contributos são explorados.

Embora tenha acabado por explorá-la e aprofundá-la mais em pormenor no 2º livro, “Cisnes Negros da Liderança”, é neste que começo a abordar a Liderança Emocional como pedra de toque, e a elejo como preferida, desejável e a preconizar no futuro. É neste livro que falo pela 1ª vez, mais a sério, lançando desse modo as suas bases, dos Cisnes Negros da Liderança. Acontece o mesmo com a relação existente com o cérebro, e a forma como ele afecta as nossas atitudes e decisões, ou ainda com a Economia Comportamental e a Neuroeconomia.

O futuro do trabalho tem também, neste livro, a sua antecâmara. É no “Cisnes Negros da Liderança” que este tema acaba por ser mais incisivamente abordado, mas começa aqui a marcação da premência e a necessidade da sua abordagem, em função do novo enquadramento que a conjuntura veio trazer.

Liderança é hoje um processo de receber, sim, continua a ser, mas é cada vez mais a arte de entregar. É cada vez mais um processo altruísta. Líderes emocionais são alquimistas organizacionais, o “ultimate model” da Liderança, e o seu futuro.

No fundo, “Liderança Emocional” mais não foi do que a preparação para o que viria a publicar mais tarde, foi uma espécie de preâmbulo dos, nesta data já reais, “Cisnes Negros da Liderança”.

O líder moderno é alguém que sabe ter de promover liberdade criativa “controlada”, sabe que a pressão constante sufoca, a monitorização permanente inibe e o controlo sistemático condiciona.
Ricardo Caldeira, Liderança Emocional
O líder tem de continuar a ser muito cerebral, mas não pode ser menos emocional. Tem de continuar a ter muita razão, sem deixar de ter ainda mais coração.
Ricardo Caldeira, Liderança Emocional
Os líderes têm uma escolha fundamental, uma escolha decisiva a fazer: ou olham para o futuro e assumem a responsabilidade por oportunidades estratégicas e problemas que surgirão no ambiente de negócios, ou escondem-se à espera de “escapar por entre os pingos da chuva” e de que o futuro lhes venha a sorrir.
Ricardo Caldeira, Liderança Emocional